domingo, 14 de junho de 2015

Com a benção de Santo Antônio!

Essa eu resolvi escrever logo, para aproveitar que os fatos estão fresquinhos na memória!

A igreja, a medalha.
Tivemos hoje aqui em Aracaju a XXV Corrida Rústica Santo Antônio, organizada e executada pelo amigo Jorge Henrique Leal, que está dando continuidade a uma história muito bonita de amor às corridas de rua. Eu explico: essa prova foi organizada pelo pai de Jorge durante 24 anos, até o seu falecimento, a alguns anos atrás. Era uma prova tradicionalíssima na cidade e este ano, Jorge a retomou como forma de homenagear a memória do seu pai, que hoje deve estar sorrindo e batendo palmas pelo brilhante desempenho do filho!
O amigo Geraldo registrando a singela ladeirinha, rs. 

Pra quem não conhece Aracaju, temos um bairro chamado Santo Antônio, um dos mais antigos da cidade, onde está a colina do Santo Antônio e a igreja do dito Santo. Nada grandiosa, uma singela igreja, simples, linda, arejada, de onde se tem uma vista fabulosa da cidade e de parte dos municípios vizinhos. O acesso principal é pela Av. João Ribeiro que culmina numa ladeirinha de uns 200 m... muito filé! Eu já tinha tido o prazer e o desafio de subi-la de bike, uhuuu! Mas correndo... hmmmm sei não! 

Aos iniciantes em corrida vou logo avisando: preparem-se! Corredor é movido a desafios.
Ai Jisuis, só rebocada!
Talvez sua ficha não tenha caído ainda, mas vai cair ... a gente começa assim: com provinhas simples, planas, asfalto, tudo bonitinho ( Não vale pra Will essa observação, rs) aí vai se encantando com o novo: uma corridinha na areia da praia, outra nas estradas de piçarra, uma  na chuva, uma ladeira ... acostume-se! É muito bom que seja assim, seres humanos são movidos pela superação, senão a gente estagna e fica tudo muito repetitivo e chato. 

Querido Ben Ayres, eu e Thiago, na sua primeira prova.
Foi mais ou menos essa linha de argumentação que usei pra convencer muita gente a encarar essa prova, além de que, especialmente pra nós mulheres, malhar os glúteos é bom e no verão todo mundo fica feliz! 

Vamos lá: prova marcada para as sete da manhã, tempo nublado, já tinha chovido pela madrugada. Meu irmão, Cristiano, foi comigo, chegamos faltando uns 15 minutos pra largada, a festa estava boa! Muita gente, muitos amigos, antigos e novos, minhas queridas Divas super animadas, parti logo pro aquecimento, Livinha jogando duro! Largada pontual, no alto da ladeira. Eu tenho mais medo de descer ladeira que subir, sempre acho que vou me estabacar no chão, desastrada e estabanada que sou.

Estamos chegando! Alegria!
Fui com cuidado até o final da colina, aí foi sebo nas canelas! Meu ritmo de prova eu só mantenho se determinar no primeiro quilômetro, então forcei um tiquinho pra tentar manter no resto da prova. Um pouco depois desse km emparelhei com minha amiga Diva Marilda, estávamos no mesmo ritmo e lá fomos nós! Começou a cair uma chuva, que delícia! Nisso a gente já tava quase na metade da prova, uma seguindo a cadência da outra, as duas dando o máximo de si, uma levando a outra no ritmo. 

Assim fomos! Marildinha,  você foi um anjo, como foi bom correr ao seu lado! Toda vez que eu pensava em caminhar eu olhava pra você e me sentia de alguma forma responsável por manter o ritmo que a gente estava levando e ao mesmo tempo te via correndo tão bonitinha, toda trabalhada na postura, foi um grande incentivo!
Muita emoção nesse abraço!


Menino de ouro! Alisson, meu ex-aluno e um super corredor.


Tirando alguns motoristas grosseiros, estúpidos e sem educação, correu tudo de forma tranquila. Muita água nos postos de hidratação, staff super simpático. Delícia foi entrar na avenida que leva de volta à colina! Como eu já tinha feito o percurso num treino de reconhecimento na semana passada, ficou bem mais fácil adaptar a distância ao ritmo. Recomendo: todo corredor devia fazer o percurso da prova antes! Aprendi isso agora, porque eu nunca tinha me ligado nesse cuidado. 
Mais uma juntos, né amigo? 

O cansaço já era grande, lá vem ela, a ladeira do Santo Antônio! Subi, quase parei, subi (valeu Luiz e Edvaldo, ver um fotógrafo faz a gente correr melhor, kkkk), e terminamos a prova juntas, de mãos dadas, super emocionadas e felizes!  Lembrei do Sr. Antônio Pedro que conheci em Salvador, que botava um nome em cada medalha. Se eu fosse fazer isso hoje, a minha se chamaria Marilda, sem dúvidas! Correr com um amigo não tem preço!
Irmão corredores! 

Desafio cumprido, foram 5,8 km de prova, pace médio de 6,15 min/km. Tive a felicidade de ver pessoas queridas iniciando, como Thiago Souza, o prazer de ver meu irmão numa prova e o orgulho de fazer parte dessa família linda dos Corredores de Aracaju.  As queridas Divas Runners, eita mulherada corredora! Vocês  são maravilhosas, de uma alegria sem igual. 

Beijos especiais para a querida Dangelly Lins, o que dizer de você minha querida? A homenagem foi justíssima, #todosporNatielly, nossa pequena e forte guerreira.  Para Marcela Matos que faz aniversário amanhã e teve um parabéns especial. Eu adoro correr gritando o nome de todo mundo que eu conheço, isso tá ficando cada dia mais complicado, muita gente! Tô feliz!
Divas Runners, só alegria!

Do meu ponto de vista, a corrida foi um sucesso! Esse Jorge é um danado, meio tucudo né? Fez quase tudo sozinho! Ainda bem que temos os amigos socorristas e teimosos que ajudaram, Flavinha, Andrey, Joaquim e Juliano, parceiros do bem! 
Minha família linda, Corredores de Aracaju!

Valeu a festa, a interação, a troca de energia que faz a gente começar a semana com a pilha recarregada. Ano que vem subiremos a colina novamente!