terça-feira, 26 de junho de 2018

FLORIPA DO FRIOZINHO GOSTOSO

Maravilhosas companheiras de viagem, Bibi e Josy.

Olá a todos!
Estou de volta para escrever sobre uma prova muito especial: A Maratona Internacional de Floripa.
Minha segunda maratona! Dessa vez bem mais tranquila e muito mais preparada. Até brinquei com meu Coach, que só não treinei na neve por motivos óbvios. Mas teve treino de ladeira,  treino corujão, treino às dez e meia da manhã e a cerejado bolo:um longo de 30 km na esteira da academia (esse foi meu treino de preparo muito mais mental que físico e foi um tiro certeiro!)


Partiu, maratona! Galera no aeroporto.
Parti para Floripa com uma certa tranquilidade. A única meta era bater o tempo da maratona do ano passado, que foi super alto (leiam o post anterior). Para essa empreitada, busquei duas grandes amigas e "aliadas" , minhas companheiras de Lungão: Josy e Bibi. Josy já tinha feito a Maratona do Rio comigo e Bibi topou estrear em maratonas lá em Floripa com a gente. 
Por que Floripa, quando a maior parte dos amigos estava novamente indo para a Maratona do Rio? Porque eu não queria repetir figurinha. Fora que queria a experiência de fazer uma prova longa numa temperatura que eu nunca tivesse enfrentado.




Tô aqui!





Embarcamos no dia primeiro de junho, uma imensa folia no aeroporto, porque fomos no mesmo voo da galera que ia pro Rio. Outra coisa: foi meu aniversário, eita delícia! A galera cantou parabéns e tudo, foi muito legal, obrigada meu povo!


Chegamos!
Em Floripa fomos recebidas pelo meu grande e querido amigo Bedê, que eu já aluguei várias vezes em corridas, quando ele morava em Brasília. Chegamos à noite, não deu muito pra entender a geografia da cidade,apesar do Bedê tentar explicar qual seria o percurso da prova.

Vale dizer que nenhuma de nós três conhecia Florianópolis. Eu que reservei hotel, organizei nossos voos, meio como um tiro no escuro! Mas deu tudo mais que certo: ficamos a dois quilômetros da largada, num hotel de fácil locomoção e acesso ( Brisamar Hotel), viva o Booking! Não tô ganhando nada pela propaganda, que isso fique bem claro.

A Expo foi bem simples, pegamos os kits, fiz comprinhas, fotos, foto e fotos, almoçamos e voltamos para o hotel, forçosamente para o repouso pré-maratona: muito Hidraplex e tentativa de dormir. Difícil! A gente conversa demais, fora a ansiedade. Josy coruja, acho que nem dormiu, tadinha.


Vamos comemorar!
Chega o dia! Domingo, 3 de junho. Acordamos às 4 da madrugada, com tudo já separadinho e organizado, foi só se arrumar e partir para o café da manhã, que providencialmente foi servido mais cedo, muitos corredores hospedados. Saímos do hotel às 5:30, decidimos fazer um trotinho de 2 km pra aquecimento. Mas não era Aracaju! Estava tudo escuro e um vento frio, frio, friiiiiiiiiiioooooo (pra vocês sentirem aí) que deixava a garganta seca. Daí apareceu um anjo corredor: "Bom dia, vocês querem carona?" Opaaaa, simbora! Que figura! Eu me esqueci o nome dele, um senhor super simpático, que disse  que era corredor de meia tigela mas gostava de fazer provas de 100 km (!!!). Então eu sou o que, meu pai do céu! 

Simbora pra largada! Marcada para as 6:30, encontramos a querida Livinha, amiga e coach, que gentilmente organizou uma tenda para os amigos e alunos que iriam participar da prova. Aquecimento feito, 12 graus de temperatura, o dia nascendo...  

Encontramos Ritinha, amiga do grupo Pé no Chão. Josy largou feito um foguete! Eu e Bibi fomos curtindo o nascer do sol, gritando, rindo. A largada foi na Beira Mar Continental, rumo à Ilha. Eu não vou saber dizer exatamente por onde passamos, vou colocar o mapa da prova pra quem quiser ir ano que vem poder analisar. Mas foi super tranquilo, pouco aclive, mesmo na subida da ponte. 


O vacilo mesmo foi não usar luvas, nem ter passado manteiga de cacau nos lábios. A sensação foi de dormência na ponta dos dedos e de ressecamento (os lábios racharam depois). Fica aí a dica!  Os manguitos foram essenciais, fora isso não é um frio de rachar, dá pra aguentar muito bem e a temperatura ficou entre os 15-17 graus, uma delícia! Pra nós aqui que estamos acostumados com 29-30 graus, foi bom demais, a fadiga é bem menor.


Eu e Bibi,curtindo a prova.
Eu e Bibi fizemos 30 km juntas, com o pace girando entre 5´50" e 6´10". Conseguimos manter o ritmo bem regular, eu já estava super satisfeita, pois nesse ritmo o RP viria fácil. A organização da prova foi perfeita, pontos de hidratação com água farta, fora os pontos de isotônico e de sachês de gel. 

Passamos por um túnel e aí minha companheira sentiu o esforço da prova. Reduzimos um pouco o ritmo e seguimos. No km 25 fomos surpreendidas por um forte vento, gélido e em nossa direção. Foram 5 km de esforço (Meia da Conceição versão gelada!) . No km 30 ( é no final de uma ponte, onde fazemos a volta e seguimos para o continente) eu resolvi acelerar e deixar Bibi fazer a prova no ritmo dela (foi difícil viu, amiga, te deixar). 

Corrida é um bicho estranho! Os 12 km finais foram os meus melhores. Corri solta, a passos largos, curti cada passada, cada quilômetro. O pace baixou e eu feliz, feliz, feliz! Do 40 até o 42 foi contendo a emoção, sorrindo, mandando vídeo pra galera do meu grupo querido, Corredores de Aracaju. 


Que delícia de chegada! Muita gente no gradil da prova, gritando, incentivando, bom demais. A pequena galera de amigos de Aracaju batendo palmas, foi lindo! Cheguei no sprint, com pace abaixo de 4 , doida é doida! 

Chorei, claro! Agradeci, mais ainda! Baixei uma hora do meu tempo da minha primeira maratona. Não senti cãimbras (eu bem que esperei por elas, depois do km 30). Saldo super positivo! E a certeza de que fiz tudo como tinha que ser feito. Impossível não agradecer , sempre, ao meu treinador e amigo, Edvaldo Bezerra. VOCÊ É FERA! E eu já te disse: eu sou a corredora que você fez. Minha querida nutri, Andréa Gonçalves, que compartilha comigo a felicidade de estar nas pistas, a mulher que transforma vidas! Ao maravilhoso amigo e massoterapeut Edson Tomkewitz, sou outra depois que você entrou na minha preparação. 
Km final, eu feliz davida!

Recomendo demais essa prova para quem quer fazer sua primeira maratona ou quem quer bater recordes pessoais. Beijos especiais para meu amigo Andrey, que fez sua primeira maratona no Rio e que me fez sorrir a prova inteira com as fotos e mensagens que trocamos a cada 10 km, estratégia pra tranquilizá-lo, mas graças a Deus foi tudo lindo pra ele também. 

Não sei se consigo fazer outra maratona com a mesma tranquilidade que fiz a de Floripa. MAs quer saber? A vida nunca dá certezas, mas nos dá oportunidades. Vamos a elas!