segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Circuito das Estações - Etapa Primavera

Pra todo corredor, domingo bom é aquele que tem prova, então por si só esse domingo que passou, 21 de setembro, já tinha tudo pra ser especial: corrida em Salvador, circuito tradicionalíssimo, rever amigos, dar risadas e ter a maravilhosa sensação de dever cumprido.  

O que tornou meu domingo ainda mais especial foi  ter ido à Salvador na companhia de uma antiga-nova-amiga, a querida Silvinha. Eu explico: fomos colegas de colégio, mas não da mesma galera. Com as maravilhas da internet, conseguimos reunir boa parte da nossa turma e num desses grandes mistérios da vida, agora somos amigas-amigonas, eita pessoa divertida! Não é qualquer amigo que acorda às cinco e meia da manhã num domingo, ainda mais quando está passeando pela cidade, pra nos acompanhar numa corrida e ficar só assistindo. Shooow! Como dizem, amigos, tenho os melhores!

Só um adendo: ontem, antes de chegar à Salvador, paramos no Shopping Outlet que fica na Estrada da Côco e dentre as lojas do lugar, tem o outlet da Nike, da Asics, da Oakley e vai abrir o da Adidas. Fuçando, fuçando dá pra levar algumas peças em conta, na Nike tinha peças com 40% de desconto e na Oakley achei peças femininas de bastante qualidade com preços bons (o shortinho da corrida foi da Oakley, amei!). #ficaadica

Eu e a lindona Silvinha.

Mas vamos à prova: Pela primeira vez cheguei antes das sete da manhã (a prova começou às sete e meia). Deu até pra estacionar perto da largada hahaha! Logicamente mediante a módica quantia de dez reais para um guardador (paciência...). Cheguei cedo, sem kit, porque desde a etapa anterior juntamos uma galera pra comprar no combo cinco pelo preço de quatro, pra diminuir um pouco o valor da inscrição. Tá sendo massa porque eu só conhecia Ivone dessa galera e agora tenho mais três amigos corredores-gente-boa (multiplica Senhor!).  Então Dona Ivone estava com meu kit fiquei à espera dela. 

Novos amigos, novos corredores (e ligeiros!). 
Tudo pronto, vamos largar! Irritante nessa circuito é o povo que desce pra largada e não arreda pé da entrada nas ondas de tempo: descem pra rua e ficam empatando quem vem atrás, daí fica aquele monte de gente que só consegue ir pra rua depois da largada já feita. Eu que sou bocona, grito, peço pra o povo ir um pouco mais pra trás porque ainda tem muita gente pra descer, mas ... bem, infelizmente ser corredor nem sempre significa ser solidário ou educado, enfim. 

Inscrita nos 10 km, vamos de 10 km ( jurei nunca mais me inscrever pra 10 e só fazer 5, por pura preguiça). Curiosamente achei que teve menos caminhantes nessa etapa, aleluia! 
Fiz um ritmo bem bom até os 5 km, tranquilo. Não gosto muito do intervalo entre o quinto e o sétimo, tem uma subidinha enjoada perto do Clube do Bahia que, deve ser psicológico, me cansa bastante. Fora que eu tive uns probleminhas de ordem pessoal um pouco antes da corrida que nunca tinha tido antes (as amigas sabem do que estou falando! HA HA HA!). Mas deu pra segurar a onda e ir em frente. 

Depois dos 19 graus em São Paulo na última prova, pegar uns 30 ontem foi dureza... aliás, teve uma miscelânea de sensações: primeiro o céu estava parcialmente encoberto, depois não tinha vento, em seguida fez um calor de lascar o cucuruto, e na hora de ir embora caiu uma chuvinha. Senti bastante o calor, não consegui manter o ritmo que vinha mantendo nos 5 km iniciais, mas fiz uma boa prova diante das minhas expectativas e o nono lugar na minha categoria me deixou feliz!. 

Vou fechar minhas idas à Salvador, pra correr, com a Track&Field Shopping Barra e com a etapa do Verão do Circuito das Estações.  Como disse um amigo corredor-blogueiro, está chegando a sensação do ano de corridas se acabando, pelo menos pra mim. 
Mas ainda tem muita coisa pela frente, sebo nas canelas!
Medalhinha linda! na companhia da amiga-irmã Ivone Teixeira.

Como diz uma amiga, fazendo cara de bonita, rs. 

Strike a pose!

domingo, 14 de setembro de 2014

Nada fácil organizar o calendário!

Hoje não vou postar sobre nenhuma corrida.

Domingo à noite, estou aqui no computador pelejando com minha planilha de provas. É assim: eu fiz uma planilha no Excel com os meses do ano, então eu vou organizando as provas que quero participar, tentando cumprir a meta de duas provas por mês, com pelo menos uma Meia Maratona em cada semestre. 

Ano passado deu pra cumprir quase que perfeitamente, mas esse ano tá osso! Janeiro e fevereiro são meses difíceis, pouquíssimas provas aqui pelas minhas bandas e pra viajar, nem pensar, passagens custando os olhos da cara.


Esse ano ainda teve a Copa, então nada de provas no mês de junho, a não ser no comecinho que teve a Meia Maratona da Bahia, que aliás foi no dia do meu aniversário e eu fiquei muito feliz. 

Não é nada fácil... minha logística de participação em provas teve que mudar toda: primeiro meu noivo está trabalhando aqui, então ele fica em Aracaju nos finais de semana. Só pra esclarecer que ele trabalhava e morava em Salvador apenas e agora divide o tempo entre Aracaju-Salvador. Ou seja, provas em Salvador ficou bem mais complicado de participar. 

Segundo, eu estou aprendendo a tocar baixo ... aí quase todo final de semana tem ensaio e quando eu digo: "não posso ir porque vou correr" é tanto bico torto... risos. 

Não gosto de ficar sem provas. Gosto das medalhas, gosto de ver os amigos, de ver o povo nas ruas e fico muito enciumada quando vejo fotos de provas que eu queria ter ido e não fui. Pronto. desabafei. Esse ano o calendário de provas cresceu bastante, muito mais provas do que ano passado, muito mais provas que bombam no Sul vindo aqui pro Nordeste e conciliar família, trabalho, viagens e corridas é um verdadeiro malabarismo!  Quero saber como os amigos se viram, me conte aí!



segunda-feira, 8 de setembro de 2014

"Homens, saiam do meio das mulheres!"


"Homens, saiam do meio das mulheres!"

Desde ontem dou risada quando me lembro da voz no microfone, feminina, gritando para que os homens presentes na Cidade Universitária da USP deixassem o percurso livre pra mulherada passar. Sete horas da manhã de um domingo ensolarado, mesmo com 19 graus médios de temperatura. Largada da W21K Asics, a primeira Meia Maratona exclusivamente feminina da America Latina, pouco mais de 1500 mulheres inscritas, uma profusão de rosa, com toques de amarelo, verde, azul, colorido ... mas a cor predominante foi  rosa. 

O dia começou cedo, quatro e meia da manhã, acordei pilhada, eufórica, ansiosa, alerta: É hoje! E foi mesmo o dia. Arrastei comigo meu primo paulista que acordou de madrugada num domingo, minha prima que fez um super café da manhã (lembram do meu post sobre os anjos?), junto com meu querido Mau Mau (mais dormindo do que acordado) e lá fomos nós. Eu não sei vocês, mas eu amo correr na faixa dos 15-18 graus. Correr com ar condicionado! Pra gente aqui do nordeste que pega 30 graus com umidade lá em cima, nossa, é surreal.  Já na USP, muita gente indo pra largada, tanta gente desejando bom dia, impossível não ficar alegre já de cara. 

A única pessoa que eu conheço e sabia que estaria na prova era a querida amiga Terezinha Amorim, tão apaixonada por corridas quanto eu e que também adora uma provinha fora do feijão-com-arroz tradicional. Lá fui eu procurar a maluca das polainas verde-limão ... e não é que foi mais fácil que encontrá-la em Salvador? Tê já estava lá, toda entretida e rodeada de novas amigas! Pois é, homens, que dizem que mulher é tudo desunida, nota dez pra simpatia da mulherada da prova, acho que se não tivesse corrida ia rolar um tricô de corredoras, no estilo, rs.  


Então vamos lá, fotos, fotos, troca de Facebook, de onde você é, boa prova pra todo mundo e é hora da largada. Maurício disse que nunca ouviu tanta mulher gritando junto (risos). Gritos eufóricos, balões coloridos ao ar, música eletrônica e sebo nas canelas!  O percurso foi quase todo plano, tivemos uma descida-subida na saída de um pequeno túnel (e tome gritaria e animação), todo mundo quase que num pelotão único durante boa parte da prova. A baixa temperatura ajuda e muito a manter o ritmo!  Hidratação perfeita, praticamente a cada 2 km, seguidos de um posto de Gatorade (por que esse bendito Gatorade em saquinho não chega às provas do Nordeste?). Se tem uma coisa que aprendi na Meia Maratona do Rio no ano passado foi a maneirar na hidratação... então não parei em todos os postos, o que foi a decisão mais certa que tomei. 
Inaugurando equipamento novo: O Flipbelt, super aprovado!


Inesquecível!


 De repente já se tinham passado 10 km... eu inteira, respiração ok, musculatura ok, animação a mil, metal nos ouvidos, tudo lindo, lindo, lindo! Mas espera: eu tinha me esquecido dos sachês de gel... momento pavor total, km 13, sem gel, maior medo de perder o pique, já ia partir pro desespero e sair implorando pras coleguinhas,  quando surgiu uma criatura abençoada da organização distribuindo os benditos!  E a gente acha que o que tá perfeito não pode ser melhorado! A mocinha do gel estará eternamente nas minhas orações.

Vamos adiante: percurso sinuoso, muitas indas e vindas, subimos uma ponte sobre o Rio Pinheiros, momento de muita emoção pra mim, pois em 2012 eu participei da Meia Maratona da Corpore, apenas nos 5 km, nesse mesmo percurso.   Ao passar pela ponte, na direção da estação de trem, veio aquela multidão de corredores e eu fiquei extasiada, boquiaberta... eram os da Meia Maratona , e eu me lembro de ter pensado: "Meu Deus, será que um dia eu estarei aqui junto com eles?".  Bom demais, só quem corre sabe o que senti.  

Pra lembrar a Bahia, uma banda tocando samba reggae no percurso, muito legal. Uma coisa pra se pensar em fazer: baldes com esponjas, parecidas com aquelas grandonas de lavar carro, cheios de água, pra quem quisesse dar uma super refrescada. Que ideia simples mas perfeita! Fica a dica!  No km 15 comecei a sentir assaduras (coisa que não me acontecia desde ... nem lembro!), dói, incomoda, atrapalha e fere. Mas faltavam só 6 km, o tempo estava bem abaixo do que eu esperava, então isso era o de menos! Curva depois dos 16... e uma ladeira, daquelas que não são íngremes, mas são longas, acho que mais de 500 m...hã? Ahhhhh! Lembro da placa que dizia: "se não puder correr, ande, mas não pare!", do staff gritando: "vamos meninas, falta pouco!  Faltava mesmo pouco, é o ponto em que eu começo a contar a quilometragem do zero: vamos de novo, começando, 1, 2, 3 ... pra mim funciona bastante. Ah sim, as assaduras: quase no km 18 dei de cara com uma tenda da marca PinkCheeks, pra quem não conhece, especializada em cosméticos pra esporte. Mais gente para as minhas orações, eles tem um spray maravilhoso pra assaduras! Recomendo um milhão de vezes! 
A esponja com água pra refrescar.

Os sachês salvadores!

Amando muito essa foto!

Eu no stand da Pinkcheeks (@pinkcheeksbrasil) cuidando das assaduras.

Depois dos problemas sanados, um tiquinho de dor nos pés e de repente, eu nem sei de onde veio, uma energia (deve ter sido do gel ou o barato da endorfina, hehehehe), eu aumentei o ritmo lá no km 20, uhuuuuuuu! Que bom que estava terminando, mas que ruim que estava terminando! Ainda tinha muita coisa legal pra acontecer: final da prova dentro da pista de atletismo! Dá pra saber qual foi a sensação: sprint total nos últimos 100 m, me senti mesmo a atleta olímpica que nunca sonhei em ser, show demais.

Dessa vez não chorei (sempre choro na chegada das Meias). Só me encantei, só curti, só me orgulhei de mim mesma, de ter batido meu RP depois de duas semanas de uma crise de bronquite que me fez tomar antibiótico e ficar fraca, que só me permitiu dois treinos curtos de 5 e 8 km. 
Eu e a amiga Terezinha, curtindo nossas merecidas medalhinhas.
Corrida é algo  realmente surpreendente, não tem fórmula. Eu não sei o que me fez melhorar, se foi a temperatura, se foi o tênis que usei (notal mil pro Nike Fusion) ou até a TPM que sempre me ajuda a correr melhor, só sei que foi a melhor prova da minha vida!